No culto dos àwọn Òrìṣà em terras brasileiras temos o que chamamos de “obrigações de santo”. Contamos nossa trajetória dentro do culto ano a ano e de tempos em tempos ofertamos ao Òrìṣà em sinal de obrigação.
O termo obrigação poderia ser alterado para: dever. Afinal, ninguém é obrigado a nada e a troca de energia com o Òrìṣà não é desta forma obrigatória que deve ser, essa recíproca deve ser verdadeira e voluntária.
A questão mesmo a ser abordada é o caráter. As oferendas de obrigações têm o intuito de reciclar nossa vida, elevar nosso poder espiritual e o principal: agradecer aos Encantados por todas as oportunidades que nos ofereceram para sermos felizes, próximos e compartilharmos de sua íntima e confortante amizade.
Sendo assim, entendo que temos o dever com Òrìṣà de demonstrarmos essa gratidão, além de nos disponibilizarmos para esses rituais de reafirmação dentro do culto e os propósitos que o cercam. Entende? Trata-se de conscientização e saber demonstrar gratidão, pois quem não é grato, não tem um bom caráter.
O preço pago para as “mãos” do(a) sacerdote/sacerdotisa remete a homenagem aos próprios, para realizarem os rituais e demonstrarmos a mesma gratidão pelo tempo que eles se dedicaram para a lapidação de nossa personalidade e evolução espiritual.
Existem sim preços exorbitantes e fora da realidade, muitos usam destes rituais para enriquecerem, mas é como digo: As contas serão prestadas ao Deus Supremo.
Entenda a importância de cada ato dentro do culto de Òrìṣà e busque a coerência em todos eles. Nunca se esqueça de se comprometer consigo, com o que acredita e pratica. Tudo o que vai, volta. Transforme suas “obrigações” em sinal de gratidão com o Òrìṣà, sacerdotes e o principal, com o seu orí.
Faço votos que em sua vida espiritual você encontre zeladores espirituais honestos e respeitosos.
Àṣẹ
O dábọ̀ àti mo dúpẹ́ ẹ!
(Até logo e agradeço!)
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